No mundo de Gibson existe a Polícia de Turing. O conceito é mais interessante que os os personagens que a representam - um bando de npc's facilmente obliterados por Wintermute - uma força policial internacional cujo objetivo é impedir que determinadas inteligências artificiais se tornem "inteligentes demais".
Konkin III ecoa a tradição libertária quando coloca o Estado como inimigo da inovação. Não fosse por "nosso inimigo, o Estado" já estaríamos cultivando jardins na Lua. Não apenas o Estado, mas também as grandes corporações aparecem na crítica de Konkin III, como uma macaqueação do mesmo estado. Sem entrar em delírios agoristas, fato é que hoje o Estado e as grandes corporações ocidentais atuam como a Polícia de Turing. Longe de perseguir com entusiasmo a inovação, antes pretendem matá-la, só avançando como que forçados por seus concorrentes orientais ou por algum deslumbrado - fora do cativeiro do sistema - que cometera o "pecado" de descobrir o futuro. Perseguem o pássaro não para comtemplar sua beleza, mas para tentar aprisioná-lo dentro de uma gaiola e sequer querem ouvi-lo cantar, mas simplesmente impedir que outros saibam de sua existência.


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