Deus Todo Poderoso, que nos criou à Vossa imagem e nos indicou o caminho do bem, do verdadeiro e do belo, especialmente na pessoa divina de Vosso Filho Unigênito, Nosso Senhor Jesus Cristo, permiti-nos que, pela intercessão de Santo Isidoro, bispo e doutor, durante nossas navegações pela Internet, dirijamos nossas mãos e nossos olhos apenas àquelas coisas que Vos sejam aprazíveis e que tratemos com caridade e paciência todas aquelas almas que encontrarmos pelo caminho. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.

quarta-feira, 5 de julho de 2023

O signo da bastardia e o caráter bestial das feras


13ª Semana do Tempo Comum | Quarta-feira
Primeira Leitura (Gn 21,5.8-21)
Responsório Sl 33(34),7-8.10-11.12-13 (R. 7a)
Evangelho (Mt 8,28-34)

1.

Sara, porém, tendo visto o filho de Agar Egípcia, que escarnecia de seu filho Isaac, disse para Abraão: expulsa esta escrava e seu filho, porque o filho da escrava não há-de ser herdeiro com meu filho Isaac. Este falar foi duro para Abraão por causa de seu filho (Ismael). Deus, porém, disse-lhe: não te pareça áspero tratar assim o menino e a tua escrava. Atende Sara em tudo o que ela te disser, porque de Isaac sairá a descendência que há-de ter o teu nome. (Gn 21, 9-12)

Apesar de todas as piruetas hermenêuticas dos teólogos do inferno, fica claro a qualquer leitor honesto que uma coisa a Bíblia não é: igualitária. A justiça implica distinção; e uma das distinções mais fundamentais é aquela entre o filho legítimo, o herdeiro, e o bastardo. Ainda que seja inocente, sob o bastardo recai a maldição do pecado de seus pais, ele jamais poderá gozar dos mesmos privilégios do herdeiro, é questão de justiça. Tal ensinamento soava tão duro antes como hoje e perturbou o coração de Abraão, contudo foi confirmado pelo próprio Deus: ainda que Ismael tenha recebido algum tipo de benção, a aliança foi feita com Isaac, o filho de Sara, o filho legítimo de Abraão foi aquele que herdou a promessa. Tal fato deveria tocar a consciência dos fornicadores que, por puro egoísmo, por cinco minutos de prazer, amaldiçoam parte de sua descendência com o signo da bastardia, privando-os de uma família normal.

2. A maioria de nós vive nas cidades; o contato que temos com animais, em geral, se dá com cães e gatos. Geralmente dóceis, frutos de seleção artificial - ainda que ultimamente tenham crescido os vira-latas, os mesmos costumam prover de raças já trabalhadas - com vistas a selecionar características que nos são agradáveis. O próprio entretenimento nos ajuda a romantizar as criaturas: temos ursos de pelúcia e o lobo não nos parece assim tão mau. Não que isso seja particularmente errado, mas nos priva de certo contato com um aspecto importante da realidade, o caráter bestial das feras. Bem ou mau ele costuma aparecer no pitbull, quase como uma falha da matrix, o último testemunho de uma realidade ancestral. Se é difícil para nós imaginar a ferocidade natural, que se dirá da ferocidade demoníaca. Sim, os demônios são capazes de tomar o corpo de animais - como mostra o Evangelho de hoje: em que expulsos dos gadarenos, eles tomam uma manada de porcos - ! Quão aterrorizante deve ser uma besta sob o domínio do inferno? Eis algo que - hoje - para nós é inimaginável.

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