"[...] quebrá-las-ás qual o vaso do oleiro"

4ª Semana da Páscoa | Sexta-feira

Primeira Leitura (At 13,26-33)

Responsório Sl 2,6-7.8-9.10-11 (R. 7)

Evangelho (Jo 14,1-6)

O oleiro toma o vaso em suas mãos, ergue-o afim de vê-lo sob a luz, analisa sua obra em seus mais diversos aspectos e... 

                        ....num impulso de ira, a arremessa contra a parede. BANG, como a explosão cósmica primordial o vaso se fragmenta, estilhaços infinitos arremessados a grande distância do núcleo pela força do impacto. Se inteiriça a obra não foi capaz de expressar o ideal estético da mente de seu criador, nesse momento breve e intenso, como um raio, nessa explosão catártica e criativa, ela como que toca hiper-urânio, o reino perfeito das formas ideias, a sublime e efêmera beleza do caos.

Certa teologia profundamente contaminada por telúricos desejos de poder inspirados pelo Leviatham, atribui toda a divisão e destruição ao Diabo. Não é isso que ensina a Escritura, foi Deus quem causou a divisão das línguas; foi Ele quem fez perecer a humanidade nas águas do dilúvio, poupando tão somente a estirpe de Noé; Ele destruiu o templo de Jerusalém e dispersou pelo mundo os judeus.

Pede-me, e eu te darei as nações em herança,

em teu domínio os confins da terra.

Tu as governarás com vara de ferro, 

quebrá-las-ás qual o vaso do oleiro. (Sl 2, 8-9)

As nações se tornaram pasto dos demônios, se uniram sob a doutrina do Anti-Cristo, a doutrina sodomo-feminista de Baphomet. É preciso por fim a construção da Torre de Babel, que venha a confusão das línguas, a divisão, a fragmentação; então far-se-á tarde e manhã, o sexto dia. Deus há de castigar esta terra iníqua, aproveitemos os últimos minutos do tempo da misericórdia para nossa conversão,  pois chegará o dia da justiça, aí de nós!