32ª Semana do Tempo Comum | Sexa-feira
Primeira Leitura (Sb 13,1-9)
Responsório Sl 18A(19),2-3.4-5 (R. 2a)
Evangelho (Lc 17,26-37)
Na primeira leitura de hoje, o livro da Sabedoria repreende e escusa os pagãos ao mesmo tempo. Os repreende porque se encantaram com as criaturas e esqueceram seu criador, cultuaram o sol, a lua, a água, o fogo e as estrelas e não Aquele que os formou. Contudo, de alguma forma os escusa, tece um tímido louvor aos mesmos pois, ao menos examinaram as obras de Deus. Hoje nem isso fazem os homens. Não fosse o anúncio da Igreja a maioria sequer conceberia a Deus, simplesmente porque não ergue os olhos aos céus. O Mito da Caverna de Platão traz consigo muitas interpretações simbólicas, mas pensemos em sua concretude última: os prisioneiros viviam presos em uma caverna, observando sombras; aquele que escapou pode contemplar, ainda que com dificuldades, a luz do Sol. A civilização humana escolheu um caminho de desenvolvimento que o aliena da Criação, construiu uma espécie de casulo, uma tecnosfera, que aparta do mundo natural. Não precisa ser assim, a tecnologia pode avançar em harmonia com as outras criaturas, pode se desenvolver no sentido de proporcionar aos homens um maior contato com as obras de Deus, pensemos - por exemplo - nos submarinos, um caminho tecnológico que permite aos filhos de Adão vislumbrar as profundezas do Oceano, coisa que de só conseguiríamos de outro modo por um milagre da graça. <Os céus publicam a glória de Deus, e o firmamento a obra das suas mãos. (Sl 18A (19), 2)> - mas na tragédia desse tempo, os homens não mais levantam seus olhos aos céus.
Kyrie eleison.


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